A homenagem ocorreu em frente ao busto da yalorixá Gildásia dos Santos, a Mãe Gilda, considerada como um dos símbolos de resistência e afirmação das religiões de matriz africana, inspirando a criação do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa.
O padre Alfreo Dórea, que é do Comitê do Diálogo Interreligioso da Bahia disse que acredita que é possível combater a intolerância religiosa na Bahia. "A Bahia é um laboratório que ainda se pode conviver com a pluralidade e nosso empenho é esse. Estamos vigilantes a qualquer forma de racismo e de intolerância e não exitar em adotar as medidas legais", pontuou.
Já o líder espírita José Medrado, chamou a atenção que o ato realizado hoje é apenas uma forma de dar mais visibilidade a questão, mas que é preciso que haja ações mais efetivas. "Essa ação ilustra um objetivo, mas é a prática que determina o respeito. A teoria sem a prática é verbalismo. Precisamos unir as duas coisas para tornar realidade, é imputando a lei a quem pratica intolerância religiosa".
Secretária de Promoção e Igualdade Racial, Fabya Reis destacou que o ato tem duas vertentes: o fortalecimento da data a partir da memória de Mãe Gilda e também para divulgação do Instituto Nelson Mandela. "A luta contra a intolerância religiosa é uma luta antiga, mas a agenda de combate veio só com o governo Lula, com a instituição da lei 11.635, e depois com a implementação da Sepromi, em 2007", disse.
(Parte do texto retirado da matéria do Jornal Correio da Bahia)
Fotos: Mauro Akin Nassor/CORREIO