Tenho visto meu amigo Arthur Maia comprando, sem qualquer restrição, a mistificação do Governo Federal, em divulgar que a famigerada reforma da Previdência guarda o objetivo de cortar privilégios. Lamentável esse caminho de fomento de ressentimento social, bem como de desvalorização de quem carrega a máquina pública, em todos os seus segmentos e esferas.
Não haveremos de falar que no serviço público só há servidores-referência, mas também não poderemos desqualificar generalizadamente. Pois, quem nós, povo, chamamos quando nossa casa pega fogo? Servidor público. Quem nos atende em hospitais, delegacias, na Justiça...? Servidor público.
É fato, que em muitos desses lugares o sucateamento das estruturas, a falta de material básico é evidente – por incúria dos governos, em consequência da negligência dos “nossos representantes”, em cobrar dos Poderes Executivos respaldos para atendimento de melhor qualificação.
É até mesmo risível, no mínimo, ouvir um governo que gastou quase 32 bilhões de reais para se manter no poder, falar em corte de privilégio.
Por outro lado, observamos políticos fazendo nomeação livre de servidores comissionados – sem a exigência de ser de carreira, concursado – para direção de órgãos públicos, sem falar especificamente do montante, do quantitativo de cada gabinete de deputados federais, senadores...
Ora, ora o servidor público concursado é dedicado, sim. Estudou muito, concorreu licitamente, de forma democrática. Vive na legalidade. Seu imposto de renda é retido na fonte. Não tem FGTS. Paga 11%, agora subirá para 14%, sobre tudo que ganha, no bruto, a título de previdência, sem teto de contribuição máxima de valor, inclusive quem já se aposentou.
Por falta de argumento, o governo opta por gerar, disseminar falácias, intrigas diante de cerca de 13 milhões de desempregados.
A base da pirâmide do serviço público está esmagada, quero ver tocarem no ápice. Só não desejo que os reais servidores cruzem seus braços nos gabinetes dos senhores deputados, porque aí, se pouco esses parlamentares fazem, aí é que nada será feito, nem mesmo redação de projetos de lei. Ah! Não vai adiantar, esses não são concursados, em geral, entraram por nomeação livre, pela janela.
*José Medrado é líder espírita, fundador da Cidade da Luz, palestrante espírita e mestre em Família pela UCSal.