O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, diga-se por oportuno, em seu curricullum vitae, no site do STF, em formação acadêmica só tem, e nada mais, sua graduação em Direito, disse, na segunda-feira (17), que pautará o julgamento sobre o auxílio-moradia dos magistrados, promotores, assim que o Senado aprovar a “revisão” do salário dos ministros da Corte.
Em agosto, o STF incluiu o reajuste de 16,38% na proposta orçamentária do Tribunal. Tive a ligeira impressão, não sei, que foi uma espécie de, digamos, chantagem? Ou seja, aprovem o nosso pleito, que vamos ver esta questão do auxílio-moradia, que está mobilizando toda a sociedade, pelo absurdo que é: os magistrados e promotores têm um auxílio para ajudar a pagar as suas moradias, mesmo que elas sejam próprias! E, se o casal for de magistrados e ou promotores ganham os dois. Forma encontrada para terem uma ajudazinha a mais em seus salários, que segundo ministro Lewandowski “os aposentados e pensionistas estão passando por uma situação de penúria extrema”. Certamente os do STF, já que os mais de 13 milhões de brasileiros desempregados devem estar bem assistidos pelo governo.
A verdade é que o povo, neste nosso Brasil, é apenas figura decorativa de composição para fotografia e ou vídeo, pois, ao que vemos, poder algum leva em consideração o respeito à opinião pública: o Legislativo fica com os seus fisiologismos e defesa dos interesses de bancadas específicas; o Executivo se imiscui com todos os partidos e ideologias, desde que façam o que o “dono” da cadeira quer; no STF é um ministro que solta tudo que é preso, principalmente se for amigo, afilhado de casamento; e por aí vai...
Precisamos deixar de ser coadjuvantes, para sermos protagonistas... Pois o país é nosso.
* José Medrado é líder espírita, fundador da Cidade da Luz, palestrante espírita e mestre em Família pela UCSal.
