Já é de se esperar que políticos profissionais façam de tudo um ato político, visando a votos, eleições, mas convenhamos e permissa vênias aos ardorosos seguidores do presidente da República, que ficou muito feio a desqualificação de toda natureza da vacina Sinvac/China-Instituto Butantã/São Paulo, em uma fragorosa, quão triste e lamentável, campanha de fracasso da vacina a ser fabricada por São Paulo. Quem não lembra, quando houve a suspensão dos testes da vicina Coronavac por morte de um voluntáiro, foi em 10 de novembro, festeja: Jair Bolsonaro ganha. Naturalmente, acredito, que ele não festejou a morte de um brasileiro, mas foi exatamente anunciado o motivo da suspensão por conta disto. Infelizmente o rapaz morreu por suicídio.
Não preciso aqui elencar toda a má vontade do presidente com repercussão no Ministério da Saúde, onde o ministro é o que obedece, pois “um manda e o outro obedece”, nas suas próprias palavras. Diante de tudo isso, foi na vacina chinesa que eles tiveram que se valer no momento.
Interessante a observar é que os diretores da Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que é uma agência reguladora, sob a forma de autarquia de regime especial, vinculada ao Ministério da Saúde, poderiam ter se restringida à avaliação das vacinas em análise, mas fizeram questão de marcarem posicionamentos na necessidade da vacina, realçando que não há terapia comprovada cientificamente que previna ou trate especificamente a COVID-19. Imagino agora que aqueles que falavam tanto na aprovação da agência, como fator importante para a vacinação em si se posicionarão diante das assertivas de caráter científico de seus diretores. Sem dúvida alguma foram votos históricos, inclusive quando ressaltam a importância da vacina, neste momento em que brasileiros morrem literalmente asfixiados.
Não guardam dúvidas que esses senhores devem ter sofrido pressão direta e ou indireta de todos os lados, desde parentes, amigos até mesmo políticas, mas não se inibiram diante do que aprenderam em suas formações acadêmicas e, em especial, diante do que clama o mundo, e este Brasil que é chamado de País-continente, não poderia se tornar uma ilha, como se tem verificado em alguns aspectos.
Ficou feio, mesmo, desqualificar e querer, dentro do que sabemos do tal fazer cortesia com o chapéu alheio, mas, em verdade o que importa, e acima de tudo, é a saúde do povo brasileiro.
José Medrado Mestre em família pela Ucsal e fundador da Cidade da Luz