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Teria sido deboche?

A ANVISA interferiu na partida entre Brasil e Argentina, após identificar que quatro jogadores argentinos descumpriram regulamento sanitário ao entrar no Brasil. A partida acabou sendo suspensa. O diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, disse neste domingo (5) que a agência cumpriu seu papel. O que foi bem cumprido. Não é justa a crítica de que poderia agir antes do jogo. Foi feito, mas desconsideraram, há ata de reunião com representantes das partes interessadas no sábado. Se não foi deboche dos argentinos com o Brasil, alguém se arvorou a autorizar burlando os protocolos sanitários. É preciso saber quem. Ademais, já se fala em possível fraude nas informações postadas em documento de acesso ao Brasil, no aeroporto.

Parece-me que aqui e alhures muitos estão entendendo a democracia como uma espécie de “eu posso tudo e faço o que quero”, pois tenho liberdade. Não é assim. Leis, regulamentos são para serem cumpridos, caso contrário se torna anarquia e caos. Se cada um entendesse à sua moda, à sua interpretação do que de fato seja um Estado democrático de direito, imagino a barbárie que seria, pois a menor contrariedade ou não aceitação do legal bastaria para conflitos e mais violência. O relatório de satisfação global com a democracia de 2020, elaborado e divulgado pelo Instituto Bennett de Políticas Públicas da Universidade de Cambridge publicou quais foram os países que mais caíram no índice de democracia. Hoje, por incrível que pareça e infelizmente, 92 países têm regimes autoritários, contra 87 democráticos, sendo que os cinco mais autoritários são Eritreia, Coreia do Norte, Arábia Saudita, Iêmen e Síria. Os que apareceram como mais democráticos foram Dinamarca, Estônia, Suécia, Suíça e Noruega. O Brasil foi o quinto país que mais caiu no ranking na última década.

Esse levantamento buscou avaliar itens como liberdade de expressão e de imprensa. É aqui onde percebemos o começo de processos de desrespeitos, como o dos jogadores argentinos. Ao que parece eles imaginaram que nada aconteceria, em uma inferência, talvez, de que no Brasil normas e leis são para serem burladas, ou interpretadas ao sabor do “cliente”. 

Infelizmente, não se ouve, mas a tal cultura brasileira, a da Lei de Gérson, cujo o princípio estabelece que determinada pessoa ou empresa obtém vantagens de forma indiscriminada, sem se importar com questões éticas, morais ou mesmo legais, está presente e subliminar no imaginário brasileiro e de quem se relaciona conosco, claro, como em tudo do ser humano, em sua generalidade. Parece-nos estruturada como uma espécie de aura brasileira, que os estrangeiros sabem e questionam. Muitos já me perguntaram fora do Brasil sobre “essa história de leis que pegam e outras não”, por aqui. Infelizmente estamos vendo que normas, diretrizes, principalmente, neste momento, as sanitárias, que lamentavelmente se tornam questão de demarcação, posicionamento político, vêm sendo por muitos postas de lado. Não tenho dúvidas que nossos “hermanos” têm este conhecimento. Parabéns a Anvisa e ao Ministério da Saúde que ratificou a posição da agência sanitária brasileira. 

José Medrado Mestre em família pela Ucsal e fundador da Cidade da Luz

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